Exmo. Sr. Presidente da Mesa do Plenário,
Exmo. Sr. Presidente da C.P.C. da Maia do PSD
e restantes elementos,
Caras companheiras e caros companheiros,
Dois
dias depois das comemorações dos 101 anos da República Portuguesa, estamos
reunidos para debater a situação política actual do nosso Concelho e do nosso País.
Nas vésperas da Implantação da
República, a instabilidade política, económica e social marcava, tal como
agora, a realidade portuguesa.
No tecido produtivo nacional, contávamos
à época, essencialmente com a actividade agrícola, ameaçada por uma crescente
concorrência internacional.
No final de 1800, a muito difícil
situação financeira, fazia surtir as suas consequências mais devastadoras, tornando-se
incontrolável o endividamento do Estado, agravando assim o cenário de
crise.
Estávamos então nessa altura, nas mãos
dos bancos internacionais, que haviam financiado constantemente o nosso país.
A tudo isto, somávamos ainda o
despesismo da família real.
O Estado português começava assim a
sentir terríveis apertos para acudir ao défice orçamental, para honrar os
encargos da dívida e para socorrer alguns bancos e companhias (ferroviárias e
coloniais) que estavam à beira da falência.
A crise financeira e monetária foi
acompanhada por quebras significativas de actividade em quase todos os sectores
económicos.
Em 1891, o abandono do sistema internacional de taxas de câmbio, levou a que
pela primeira vez se falasse em Portugal, de bancarrota.
Observado assim o comportamento global
da economia portuguesa, nas vésperas da implantação da República, prevalece
então a imagem de um país com cerca de 6 milhões de habitantes, pobre, rural e
esmagadoramente analfabeto, com um crescimento demográfico relativamente
moderado e níveis crescentes de emigração.
Hoje, mais de um século depois, devemos
todos reflectir se os ideais republicanos foram cumpridos. É hora de pensarmos
e de termos como exemplo os cenários passados.
Cem anos depois, José Sócrates e o
Partido Socialista, com políticas erradas de despesismo e endividamento
exagerado do Estado, levaram a que o nosso país deixasse de ser capaz de honrar
os seus compromissos e a perder a sua credibilidade.
Como no passado, surgiu uma enorme
necessidade de mudança no rumo do nosso país.
Sem golpe de estado de “republicanos para destituir a monarquia”,
mas com luta nas ruas, com a ousadia de quem acredita que é possível fazer
melhor, alteramos uma vez mais num dia 5, o estado das coisas.
No dia 5 de Junho do ano da graça de
2011, o povo português, de livre vontade, em consciência e com a força do seu
voto, escolheu um novo governo. Escolheu o PSD e o nosso companheiro Passos
Coelho, para mudar Portugal.
O
nosso partido, o nosso primeiro-ministro, os nossos ministros e os nossos
deputados, têm agora a difícil tarefa de fazer renascer o país, de voltar a por
o país a crescer, de honrar os nossos compromissos e assim recuperar a
credibilidade externa.
Para isso, devemos todos nós portugueses e
essencialmente todos nós social-democratas, acreditar na mudança e lutar por
ela. Compreender que é necessário mudarmos a forma como vivemos, para construir
um Portugal melhor.
Será este o nosso exercício de
cidadania. Compreender Portugal, para
melhorar Portugal.
Quero aproveitar esta minha intervenção
ao Plenário, para expressar o meu orgulho em ser maiato. Hoje, como ontem, a
Maia tem homens e mulheres valentes, decididos e empenhados em garantir este
Portugal melhor.
Desde logo os nossos autarcas, a quem
daqui cumprimento e reconheço a capacidade para enfrentar e resolver
diariamente muitos dos problemas de todos nós. Encimados pelo nosso Presidente
da Câmara, o Eng.º Bragança Fernandes, são fonte valiosa em toda a cadeia de
valor que o poder autárquico representa na sociedade.
A nossa companheira Emília Santos, que orgulhosamente
elegemos nas Legislativas do passado dia 5 de Junho, como Deputada da Nação, e que,
tenho a certeza, tudo fará em prol do nosso país e essencialmente em prol da nossa
Maia.
Finalizo esta minha intervenção,
realçando uma vez mais a valia das nossas gentes. Uma referência para o
discurso da nossa conterrânea Ana Lídia Dias, nas cerimónias comemorativas do 5
de Outubro deste ano, o que demonstra uma juventude atenta, interessada,
conhecedora e aberta ao exercício da cidadania.
Tenho a certeza que tal como a Ana, há na
Maia muitos jovens com vontade de participar activamente na vida política e
cívica do seu Concelho.
Falta-lhes por vezes, informação
suficiente por parte dos agentes políticos, nomeadamente da JSD Maia, de como proceder
para que seja possível participar.
Nesse sentido, será crucial expandir e
descentralizar a JSD Maia.
É necessário o constante apoio aos
Núcleos Residenciais do Castelo e de Águas Santas/Pedrouços e reunir condições
para que os núcleos residenciais ainda não existentes, apesar de já muito
debatidos e até supostamente decididos sejam criados.
A força e a determinação de todos fará
com toda a certeza a diferença e dará um novo rumo à Maia e a Portugal.
Viva
a JSD
Viva
o PSD
Viva
a Maia
Viva
Portugal
Maia, 7 Outubro 2011
Pedro Miguel Carvalho
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