8 de outubro de 2011

Minha intervenção no Plenário do PSD de ontem

Exmo. Sr. Presidente da Mesa do Plenário,
Exmo. Sr. Presidente da C.P.C. da Maia do PSD e restantes elementos,
Caras companheiras e caros companheiros,


Dois dias depois das comemorações dos 101 anos da República Portuguesa, estamos reunidos para debater a situação política actual do nosso Concelho e do nosso País.

Nas vésperas da Implantação da República, a instabilidade política, económica e social marcava, tal como agora, a realidade portuguesa.

No tecido produtivo nacional, contávamos à época, essencialmente com a actividade agrícola, ameaçada por uma crescente concorrência internacional.

No final de 1800, a muito difícil situação financeira, fazia surtir as suas consequências mais devastadoras, tornando-se incontrolável o endividamento do Estado, agravando assim o cenário de crise. 

Estávamos então nessa altura, nas mãos dos bancos internacionais, que haviam financiado constantemente o nosso país.
A tudo isto, somávamos ainda o despesismo da família real.
O Estado português começava assim a sentir terríveis apertos para acudir ao défice orçamental, para honrar os encargos da dívida e para socorrer alguns bancos e companhias (ferroviárias e coloniais) que estavam à beira da falência.

 A crise financeira e monetária foi acompanhada por quebras significativas de actividade em quase todos os sectores económicos.
Em 1891, o abandono do sistema internacional de taxas de câmbio, levou a que pela primeira vez se falasse em Portugal, de bancarrota.

Observado assim o comportamento global da economia portuguesa, nas vésperas da implantação da República, prevalece então a imagem de um país com cerca de 6 milhões de habitantes, pobre, rural e esmagadoramente analfabeto, com um crescimento demográfico relativamente moderado e níveis crescentes de emigração.

Hoje, mais de um século depois, devemos todos reflectir se os ideais republicanos foram cumpridos. É hora de pensarmos e de termos como exemplo os cenários passados.
Cem anos depois, José Sócrates e o Partido Socialista, com políticas erradas de despesismo e endividamento exagerado do Estado, levaram a que o nosso país deixasse de ser capaz de honrar os seus compromissos e a perder a sua credibilidade.
Como no passado, surgiu uma enorme necessidade de mudança no rumo do nosso país.

Sem golpe de estado de “republicanos para destituir a monarquia”, mas com luta nas ruas, com a ousadia de quem acredita que é possível fazer melhor, alteramos uma vez mais num dia 5, o estado das coisas.

No dia 5 de Junho do ano da graça de 2011, o povo português, de livre vontade, em consciência e com a força do seu voto, escolheu um novo governo. Escolheu o PSD e o nosso companheiro Passos Coelho, para mudar Portugal.

 O nosso partido, o nosso primeiro-ministro, os nossos ministros e os nossos deputados, têm agora a difícil tarefa de fazer renascer o país, de voltar a por o país a crescer, de honrar os nossos compromissos e assim recuperar a credibilidade externa.

 Para isso, devemos todos nós portugueses e essencialmente todos nós social-democratas, acreditar na mudança e lutar por ela. Compreender que é necessário mudarmos a forma como vivemos, para construir um Portugal melhor.


Será este o nosso exercício de cidadania. Compreender Portugal, para melhorar Portugal.
Quero aproveitar esta minha intervenção ao Plenário, para expressar o meu orgulho em ser maiato. Hoje, como ontem, a Maia tem homens e mulheres valentes, decididos e empenhados em garantir este Portugal melhor.

Desde logo os nossos autarcas, a quem daqui cumprimento e reconheço a capacidade para enfrentar e resolver diariamente muitos dos problemas de todos nós. Encimados pelo nosso Presidente da Câmara, o Eng.º Bragança Fernandes, são fonte valiosa em toda a cadeia de valor que o poder autárquico representa na sociedade.

A nossa companheira Emília Santos, que orgulhosamente elegemos nas Legislativas do passado dia 5 de Junho, como Deputada da Nação, e que, tenho a certeza, tudo fará em prol do nosso país e essencialmente em prol da nossa Maia.

Finalizo esta minha intervenção, realçando uma vez mais a valia das nossas gentes. Uma referência para o discurso da nossa conterrânea Ana Lídia Dias, nas cerimónias comemorativas do 5 de Outubro deste ano, o que demonstra uma juventude atenta, interessada, conhecedora e aberta ao exercício da cidadania.  

Tenho a certeza que tal como a Ana, há na Maia muitos jovens com vontade de participar activamente na vida política e cívica do seu Concelho.
Falta-lhes por vezes, informação suficiente por parte dos agentes políticos, nomeadamente da JSD Maia, de como proceder para que seja possível participar.

Nesse sentido, será crucial expandir e descentralizar a JSD Maia.

É necessário o constante apoio aos Núcleos Residenciais do Castelo e de Águas Santas/Pedrouços e reunir condições para que os núcleos residenciais ainda não existentes, apesar de já muito debatidos e até supostamente decididos sejam criados. 

A força e a determinação de todos fará com toda a certeza a diferença e dará um novo rumo à Maia e a Portugal.

Viva a JSD
Viva o PSD
Viva a Maia
Viva Portugal

Maia, 7 Outubro 2011
Pedro Miguel Carvalho

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