25 de fevereiro de 2012

Discurso Plenário JSD Maia

Caros amigos, de regresso ao blog depois de algum tempo retirado por falta de tempo, aqui fica o discurso que proferi no Plenário Concelhio da Juventude Social Democrata da Maia.

Sr. Presidente da Mesa do Plenário
Restantes elementos da Mesa do Plenário
Sr. Presidente da C.P.C.
Companheiros Vice-Presidentes
Sra. Secretária-Geral
Companheiros da C.P.C.
Elementos dos Gabinetes de Estudos

Caras e caros companheiros,

Quase três meses depois de termos sido eleitos, e tendo o Presidente da Mesa, cumprido aquilo que está estatutariamente previsto, aqui nos encontramos hoje reunidos em Plenário, o Órgão máximo e de excelência, onde todos os militantes livremente participam, onde cada um tem o seu lugar, e, de igual para igual, se discute, critica, opina, debate ideias, delibera, enfim, o local dentro da nossa estrutura, para se fazer política séria, e à séria, sempre em prol da nossa bandeira, a Juventude Social Democrata.
Parabéns companheiro Ivo Ribeiro, como Presidente da Mesa deste Plenário, juntamente com os teus pares, soubeste interpretar e fazer cumprir as regras das coisas, e voltar a dar voz aos militantes da JSD da Maia, cujo Plenário reuniu no mandato uma única vez, e acabou por decidir algo que afinal não poderia ser decidido.

Quando há três meses atrás assumi fazer parte da CP da JSD Maia, fi-lo após alguma ponderação, tentando primeiro encontrar em mim mesmo, razão suficiente para tomar tal atitude.
Pelos ideais em que acredito, pelas pessoas que se juntaram em torno duma mesma razão, com enorme sentido de responsabilidade e total entrega à causa pública e política, abracei então de corpo e alma o projecto delineado, pública e amplamente participado e por vós sufragado nas Eleições do passado 26 de Novembro de 2011. 
A todos vós companheiros, que acreditastes nesse projecto, quero desde aqui, neste local de discussão e partilha que é o Plenário da JSD da Maia, em meu nome pessoal, e penso poder fazê-lo também em nome de toda a Comissão Política, dizer-vos, muito obrigado. Obrigado, não por nos elegerem, mais sim, obrigado, por tal como nós, sentirem que a JSD Maia merecia ser muito mais. Uma JSD Maia mais activa, mais dinâmica, mais atenta à nossa problemática de juventude, enfim, uma JSD Maia firme e interventora na vida política do nosso Concelho.

Acompanhando orgulhosamente o companheiro Marco Correia, e todos aqueles que a nós se juntaram, demos início a uma caminhada que todos sabíamos seria tudo, menos uma caminhada fácil. Desde logo, a começar pela Comissão Política cessante, e digo-o aqui neste Plenário, para que todos saibam e para que desta acção fique registo, que não tiveram a hombridade de vir junto de nós entregar a devida documentação existente da JSD Maia, qualquer dossier eventualmente pendente, contas, enfim, como seria de bom tom e seu dever, fazer a “passagem de testemunho”,
Mas, caras companheiras e caros companheiros, dificuldades destas, são o meu pequeno-almoço. Não são engulhos destes que travam a minha decidida e reflectida caminhada. Desengane-se quem pensa que emperrando a engrenagem, me desmotiva, ou faz arrepiar caminho. Sou, serei sempre em qualquer circunstância, convicto e firme nas acções e posições que vier a tomar.
Assumi este projecto e a responsabilidade duma Vice-Presidência, sabendo exactamente aquilo que este acto exigirá de mim. 

Decidi então que, durante os dois anos de mandato, poderia abdicar de muita coisa. Poderia abdicar de algum tempo com os meus amigos ou com a família, de algumas saídas à noite, de algum tempo de descanso, mas assumi contudo que duma coisa não abdicaria. 
Decidi, e assumo aqui perante vós caras e caros companheiros, que jamais abdicarei da minha voz e jamais deixarei de criticar activamente, mas sempre de forma construtiva, as decisões que achar que deva criticar. 
Decidi, e igualmente perante vós o assumo, tudo fazer para que a JSD Maia seja uma voz viva e activa, nas Organizações Juvenis e na vida política do nosso Concelho.
Defenderei sempre, em primeiro lugar, os jovens e a nossa Maia e criticarei por isso, todas as decisões que sejam injustas ou incorretas para qualquer um dos dois, venham de que parte vier.

Passando ao ponto da ordem de trabalhos e pedindo desde já desculpa por me ter desviado dele, não poderia deixar de neste Plenário falar de algo que será tão importante no futuro do nosso Concelho. Falo-vos caros companheiros e amigos da Reforma da Administração Local, uma reforma que vai muito para além daquilo que toda a gente mais fala - a reforma geográfica ou fusão de freguesias. 

Recordo-vos, caros companheiros, que estamos a reformar geograficamente o nosso país, tendo em conta o Acordo de Assistência Financeira da Troika. 
Sendo que, as freguesias correspondem a 1% do Orçamento Geral do Estado, o que tem esta reforma territorial a ver com assistência financeira? 

Sou um apoiante convicto, de que o nosso território tem de ser revisto, vivemos com o modelo territorial que está obsoleto. 
Contudo, o mais importante não tem sido tão amplamente falado como a reforma geográfica. 

É urgente debater e levar a efeito todos os outros eixos inscritos no Documento Verde.

É urgente diminuir o número de Vereadores nas Câmara Municipais;

É urgente diminuir as Administrações das Empresas Municipais;

É urgente diminuir o número de Empresas Municipais a nível nacional;

É urgente reforçar os poderes da Assembleia Municipal;

É urgente discutir as competências das eventuais “novas freguesias” bem como do devido “envelope financeiro” que acarretam.

Temos todos, todos os jovens, toda a JSD Maia, em conjunto, estudar caso a caso esta reforma. 

Temos que ser ativos e cooperantes com os nossos Autarcas, quer da Câmara, da Assembleia Municipal, das Juntas e Assembleias de Freguesia, apresentando uma solução para aquilo que parecendo ser um grande problema, passe a ser uma grande oportunidade para a nossa Maia. Isto será o mais importante. Se a Maia ganhar, somos todos nós maiatos que ganhamos. O bem da Maia, é o nosso bem, jovens ou menos jovens.

Sá Carneiro, em Discurso na CCDR Norte a 4 Julho de 1980, dizia: 
“A coerência é indispensável para que na nossa atuação de hoje, não ponhamos de lado os princípios e as ideias que ontem defendíamos e não esqueçamos as promessas justas que foram feitas. A coragem é indispensável para que nos libertemos das ideologias e nos mantenhamos firmemente atreitos aos ideais e aos princípios comuns às nossas terras e às nossas gentes”. 
Diria, de certeza o mesmo, actualmente.

Caras companheiras e caros companheiros,
Não compreendo sempre que escuto as notícias, ver dirigentes do Partido Socialista a comportarem-se como se nunca tivessem sido governo. Dirigentes socialistas a dizer que o pagamento da dívida é coisa de criança. Dirigentes socialistas criticarem o facto de o Governo estar a dar bom uso ao memorando da Troika que eles próprios assinaram e cujas medidas poderiam ser menos gravosas não fossem eles orgulhosos e irresponsáveis. 

Não compreendo como é que uma personagem que dirigiu um país e o levou à falência de forma criminosa, continua calmamente a viver em França como se nada tivesse acontecido, dando-se até ao luxo de opinar numa Conferencia em Paris, no Pólo Universitário de Poitiers, e passo a citar: 

"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", 

Não compreendo como é que temos em Portugal uma oposição que apenas se preocupa em deitar abaixo o governo, em prejudicar a imagem do país e não em dar contributos para um país melhor e mais justo. 
Vejo sempre a oposição criticar um governo que, acima de tudo tem sido um governo responsável.

Um governo que tem tido sempre a estreita colaboração dos deputados eleitos pela JSD, que têm apresentado medidas importantíssimas, as vezes contra as próprias recomendações do governo, mas sempre em prol dos jovens.
Relembro os exemplos da Lei do Arrendamento Jovem, Arrendamento Low Cost;

O exemplo das 35 medidas contra o desemprego, medidas estas que surgem de um intenso estudo realizado pelos companheiros do Gabinete de Estudos da Comissão Política Nacional;
Relembro ainda a luta constante que a JSD travou para que os alunos do ensino superior voltassem a ter acesso ao crédito que estava suspenso desde o ano lectivo anterior. 
Dentro do trabalho dos nossos deputados, em prol de Portugal, permitam-me que saliente o trabalho realizado pelo nosso companheiro Simão Ribeiro, eleito pelo círculo do Porto, que tem feito um trabalho exemplar na 9ª Comissão, debatendo-se incessantemente por questões como a Saúde Infantil e a regulamentação das novas drogas que tanto prejudicam os jovens atualmente.

Com este trabalho, o Simão tem-me feito ficar, cada vez mais orgulhoso de pertencer à JSD. 

Falando ainda dos nossos deputados, estaria a ser injusto se não salientasse aqui também o trabalho da nossa companheira Emília Santos, que tem dignificado o nome da nossa Maia. Que tem, feito em plenário, intervenções de extrema importância quer sobre a educação quer sobre por exemplo o mercado do arrendamento, assuntos que dizem diretamente respeito aos jovens.
A companheira Emília Santos, como suplente da 11.ª Comissão (Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local), teve a obrigação de debater a reforma do poder local e, tenho a certeza que durante todos os debates, a sua Maia, a nossa Maia não lhe terá saído da cabeça.
Contudo, e apesar do excelente trabalho que o PSD tem realizado no governo, sou da opinião que falta algo muito importante ao nosso partido. 

Falta-nos saber comunicar, saber explicar aos nossos militantes para que, os nossos militantes façam o trabalho de “catequização” constante das pessoas lá fora. 

Seremos melhores, quanto melhor e mais próxima for a nossa comunicação. 

É preciso o governo, através da Comissão Política Nacional do PSD, fazer-nos chegar as medidas em primeira mão, para que na primeira linha as possamos defender e para que possamos estar completamente esclarecidos para explicar aos nossos colegas de escola, de trabalho, aos nossos amigos, aos nossos vizinhos

Para terminar, caras e caros companheiros deixo-vos uma frase do nosso fundador, Sá Carneiro, para que possam refletir,
“Pode-se governar em Portugal sem os socialistas e os comunistas, e se necessário contra eles, sem o PR e mesmo com ele contra nós, conseguimos governar. Assim, podemos fazê-lo no futuro, vamos então trabalhar e boa sorte para todos nós.” 

Viva a Maia
Viva a JSD
Viva Portugal

____________________________________________
(Pedro Miguel Sousa Carvalho)
Militante Nº 180 216

Querida mãe, (alegadamente) mudei o Hotel! Retrato de uma geração (que é a minha).

Como é hábito, nas férias de Páscoa são milhares de jovens que rumam a Espanha para a viagem de finalistas do ensino secundário. Ao longo do...