28 de fevereiro de 2014

XXXV Congresso Nacional do PSD

Uma semana depois, na calma do meu computador, eis que me é finalmente possível fazer um pequeno balanço daquele que foi o XXXV Congresso Nacional do PSD.

Mais uma vez, vi-me obrigado a deslocar a Lisboa para um congresso nacional do meu partido, tal como tinha acontecido há dois anos, facto que me deixa sempre triste. Gostaria de ver o congresso noutro sitio, quem sabe mais a norte.

O debate interno
Ao contrário daquilo que julguei que iria acontecer, vi neste congresso algum debate interno.
Mesmo aqueles que muitas vezes discordam do presidente do partido marcaram presença e foram até falar ao congresso.

As ausências
Tive pena de não ver presente, e quem sabe a falar ao congresso, a companheira Manuela Ferreira Leite e do companheiro fundador Francisco Pinto Balsemão cuja intervenção foi em vídeo.

O momento alto
Sem sombra de dúvida destaco o momento do anûncio de Paulo Rangel como candidato às europeias e o seu discurso responsável.
Estou certo que mais uma vez PR dará uma grande vitória ao PSD e ao país.

O "homem do jogo"
Mais um momento marcante foi a intervenção do companheiro Marcelo Rebelo de Sousa.
Acertiva, emotiva e emocionante,

Do partido para o país
Os discursos de Pedro Passos Coelho foram muito sérios e responsáveis. Mesmo muitas vezes tendo discurdado dele, e não tendo até sido seu apoiante nas directas, vi naquele congresso um homem muito certo daquele que é um rumo do país, com vontade de reformar o estado de forma séria.

A JSD
Este foi um grande congresso para a Juventude Social Democrata, que dali sai com uma importante moção sectorial aprovada e com a segunda melhor votação para o Conselho Nacional (antecedida pela lista subscrita por PPC)

O congresso e a Maia
A Maia sai deste congresso reforçada com a eleição de dois conselheiros nacionais, o companheiro Paulo Ramalho (reeleito pela terceira vez) e pelo companheiro Silva Tiago.


12 de fevereiro de 2014

A expulsão de um fundador


António Capucho foi, sem qualquer dúvida, um figura incontornável do partido e da política em Portugal. Ajudou Sá Carneiro a fundar o PPD/PSD, foi Secretário-Geral Adjunto, Secretário-Geral, Vice-Presidente, Deputado, Presidente do Grupo Parlamentar, Secretário de Estado, Ministro, Coordenador do Grupo Europeu do PSD, Vice-Presidente do Parlamento Europeu e Presidente de Câmara.

Na prática fez quase tudo, e na minha opinião, bem feito.

Hoje foi confirmada a expulsão deste histórico do partido por parte do Conselho de Jurisdição Nacional, ao abrigo dos estatutos e regulamentos do partido.

Enquanto militante e dirigente do PSD e da JSD, estou frontalmente contra as recentes atitudes de António Capucho, contudo, é inegável a sua dedicação a esta causa maior que é o nosso (e seu também) PSD e é inegável também que merecia outro tratamento.

Hoje o PSD fica mais pobre, perde um dos seus, mas é o que tem que ser.

Num partido plural como o PSD, é natural discordarmos muitas vezes uns dos outros, é comum estarmos contra o rumo que está a ser tomada e estarmos avulsas vezes em discordância com o líder. Ser de um partido político não quer dizer que tenhamos que ser ovelhas atrás de um pastor, e ir sempre atrás do rumo por ele seguido.

Não podemos num dia estar a favor e no outro estar contra o PSD e, na minha opinião, apoiar uma lista contrária à lista apoiada pelo partido da qual somos parte integrante, é sempre, estar contra o partido, nem que tenhamos a maior razão do mundo.

Dizem os estatutos do partido, que um dos deveres do militante é, e passo a citar “Ser leal ao Programa, Estatutos e directrizes do Partido, bem como aos seus Regulamentos”. António Capucho, não o foi, e tenho muita pena disso.

António Capucho deveria ter suspendido a sua militância, antes de integrar uma outra candidatura.
Posto isto, apenas uma conclusão:

Se o partido tomou esta posição com António Capucho, deverá tomá-la também, com todos os militantes que nas autárquicas passadas estiveram nas mesmas circunstâncias.

Espero contudo, que num futuro próximo, António Capucho possa readmitido.

"Saber estar e romper a tempo, correr os riscos da adesão e da renúncia, pôr a sinceridade das posições acima dos interesses pessoais, isto é a política que vale a pena.”
 Francisco Sá Carneiro

Que saibamos todos estar e romper a tempo, sempre que for necessário



Querida mãe, (alegadamente) mudei o Hotel! Retrato de uma geração (que é a minha).

Como é hábito, nas férias de Páscoa são milhares de jovens que rumam a Espanha para a viagem de finalistas do ensino secundário. Ao longo do...