12 de setembro de 2011

Regresso às aulas (in: "Maia Hoje")

Foi sabido esta semana que 37 mil professores ficarão este ano sem colocação, ou seja, temos mais 37 mil pessoas no desemprego.

Este número tenho a certeza que em parte motivado pela crise e consequentes cortes no sector educativo, mas também pelo excesso de docentes no mercado de trabalho levou-me a reflectir sobre uma outra questão que me parece pertinente.

O que deverá um país em crise fazer com a oferta formativa?

Meus caros, sou da opinião que, o factor primordial de escolha de um curso superior deverá ser a vocação, mas, actualmente todos, ou quase todos os jovens aquando da sua candidatura à faculdade, ou mesmo antes, na altura de escolha do curso de ensino secundário, pensam essencialmente na empregabilidade da área/curso que vão seguir, o que não deixa de estar correcto também, segundo o meu ver.

Julgo ser obrigação de um país, e dos seus governantes, oferecer aos jovens cursos que lhes garantam maior oportunidade de emprego no futuro.

Parece-me efectivamente necessário rever o método de candidatura e entrada nas faculdades, nomeadamente no que toca aos numerus clausus, com por exemplo a fixação de números mais baixos em algumas áreas, lembro por exemplo do direito, da gestão, do marketing etc., que me parecem áreas lutadas e por outro lado, parece-me também necessária o aumento de vagas ou quem sabe o baixar de médias, em cursos ligados por exemplo à área da saúde onde alguns alunos não chegam sequer chegam a entrar só porque lhes é fechada a porta e muitas vezes negado o sonho.

É obrigação de um país atento encaminhar os seus jovens, para que tenham um futuro promissor e é obrigação de nós, jovens, fazermos também por isso.

                            Publicado na edição de 9 de Setembro do Jornal:

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