7 de outubro de 2010

A "nova" E.S. Maia

Caros Amigos, de regresso à publicação periódica no "Estado do Estado" resolvi começar por falar de um problema que a vós poderá ser distante, mas que a mim, quer por ser aluno de Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis do curso de Ciências Sociais e Humanas da Escola Secundária/3 da Maia, quer por lá ter a minha irmã a estudar, me é bastante próximo.

Como os meus caros já devem ter reparado numa das vossas ida à nossa cidade da Maia, renasceu por lá uma nova Escola Secundária, uma escola que vista de fora nos chama à atenção por dois motivos;

1º- Pela sua dimensão
2º- Pela quantidade de lixo amontoado à porta

Para os prezados leitores que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a "nova" Escola Secundária da Maia deixo-vos algumas curiosidades para vos aguçar o apetite.

Ao entrar na "nova" escola passarão pelas velhas máquinas de controlo de entrada/saída de alunos, que como já era habitual não funcionam. Se por ventura quiserem ir à Secretaria, vão deparar-se com um espaço, que de tão escondido e de tão pequeno que é se torna ridículo.

Continuando a visita guiada, podem por exemplo deslocar-se até ao piso mais inferior (tendo cuidado para não escorregar na quantidade de pó acumulado na escadaria onde encontram as estruturas de apoio aos alunos  TODAS juntas num só local, imaginemos então as centenas de alunos que durante o dia estão na escola amontarem-se no "intervalo grande" num locam que junta a papelaria, a reprografia, o bar, a cantina e o polivalente, local esse que para além de não ser própriamente grande (principalmente o espaço destinado a bar) está completamente sujo (ou melhor estava porque segundo o que o passarinho do Twitter me disse, depois da inundação do início da semana ficou bem mais limpo).

Quanto às salas de aula, são pequenas (tendo em conta o tamanho das turmas de dia, claro que à noite esta questão não se põe), são cinzentas e têm um vidro ao lado da porta que quase faz parecer que estamos num qualquer reality-show, constantemente observados.

No que toca ao acesso aos pavilhões, num dos casos só pode ser feito pelas escadas de emergência situadas no exterior do edifício, porque apesar dos dois andares desse mesmo pavilhão já estarem concluídos ainda não está aberto nenhum acesso pelo interior.

Podemos então em jeito de conclusão dividir os problemas desta escola em três, que passarei a enunciar por ordem de gravidade (do mais ao menos grave):

1 - Os problemas motivados pelas obras ainda em curso
2 - A falta de sensibilidade de quem desenha, supervisiona e constrói
3 - Os problemas motivados pela má gestão da escola.

Sei que alguns ficarão escandalizados ao ler que existem problemas de má gestão escolar na Escola Secundária da Maia, mas sim meus caros, infelizmente é verdade. Apesar de, enquanto aluno, me sentir na obrigação de felicitar a direcção da escola, os professores e essencialmente os funcionários pelo esforço que têm feito para garantir as mínimas condições daquele espaço, sinto-me também na obrigação de culpabilizar a direcção por alguns dos problemas como por exemplo pela falta de variedade e de qualidade da comida do bar à noite, pela falta de apoio aos alunos da noite, e pelo facto de nos terem colocado no tal pavilhão que só tem acesso pela escadaria de emergência, que fica na ponta oposta à entrada principal, que fica a uma distância imensa do WC, que não apresenta caminhos de segurança em caso de emergência, quando existem todos os outros pavilhões livres. (Julgo que alguém se esqueceu de fazer cumprir o ponto 7 do Artigo 97º do Regulamento Interno que diz que é um direito comum à comunidade escolar ".Usufruir  de  instalações  condignas,  em  termos  de  inovação, conforto, segurança e respeito pela integridade física e moral, que possibilitem a optimização das respectivas actividades;" 

Mas como não posso falar só da parte má, falo também de algo que me chamou à atenção pela positiva. Os laboratórios de Química são muito bons o que me parece de louvar.

Pelo facto de ser apenas suplente do representante dos alunos do Ensino Nocturno no Conselho Geral, comunicarei ao representante efectivo nesse mesmo órgão esta minha opinião para que, no exercício das suas competências faça chegar esta mensagem aos órgão de gestão escolar.

P.S.- Pelo facto de, pelo que já foi possível constatar, por vezes o regulamento interno ficar esquecido, deixo aqui mais um excerto que me parece interessante.

Artº 97
Constituem direitos comuns aos membros da comunidade escolar:
1- Exigir o respeito pela sua pessoa, pela sua opinião, e pela sua função, independentemente do seu estatuto ou função na escola.
2- Não ser objecto de procedimento disciplinar, ou qualquer outra sanção pelas opiniões expressas em representação dos seus pares nos Órgãos de administração da escola. 


















4 comentários:

Pedro Patoilo disse...

Olá Pedro,
Obrigado por tomares a coragem de assumir um papel crítico e uma preocupação pela nossa escola.
Muitas vezes as mudanças trazem-nos alguns sabores amargos. E é com alguma tristeza que comento diariamente com alguns colegas a prefer...ência que tenho pelas antigas instalações.
Ainda que a "antiga escola" tivesse lacunas estruturais e algumas partes degradadas, como por exemplo o polivalente, que em época de chuvas parecia um guarda-chuva roto, a largueza nas salas e os bons espaços verdes e de recreio davam alguma dignidade e comodidade aos alunos.
Não estando por dentro da legislação, espanto-me por uma escola naquelas condições poder estar aberta. Como se pode admitir que estando a ter aulas no pavilhão D, teremos que sair pela escadaria de emergência, apanhando chuva até chegarmos à casa de banho mais próxima (a do pav. C) que tem dimensões estupidamente pequenas, com um único urinol e uma sanita?
Somos nós alunos que temos de reivindicar aquilo a que temos direito.
Pois calados, nada fazemos.

Unknown disse...

Caro companheiro Patoilo,

Já vi que esta é uma luta que não é só minha, é também da próxima Associação de Estudantes que tenho a certeza que com toda essa dedicação presidirás....pelo menos é essa a minha esperança.

Conta comigo que também conto contigo.

Luís Calvet disse...

Não posso deixar de mencionar, que no meu papel como aluno de artes, a sala onde temos aulas de desenho, essas mesmas salas durante a maior parte do 1ºperiodo não tinham lavatório, isto para quem trabalha com acrílicos e outros matérias que precisam de ser limpos no fim da aula, tínhamos que nos deslocar ate ao polivalente limpa-los e regressar com o material a pingar pelo caminho, o que é de nada pratico. Só depois de os encarregados terem feito barulho, puseram lá os lavatorios, mas foi preciso isto tudo? sabendo previamente que aquelas salas seriam designadas para tal? é vergonhoso, espero que reparem nesses pequenos pormenores, que é isso que, torna uma boa escola funcional.

Anónimo disse...

Infelizmente isto não se passa só na Escola da Maia como também se passa na de Águas Santas.
No blog da escola, pode-se ver que sim, está muito castiça (http://aeasnoseosoutros.blogspot.com/2011/01/nova-casa_15.html) maaaas tem muitas desvantagens (http://aeasnoseosoutros.blogspot.com/2011/01/top-e-top.html)

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