22 de novembro de 2009

Socialistas sérios no PS Maia

Li este artigo do deputado do PS à Assembleia de Freguesia de V.N. Telha no Jornal "Primeira Mão" e achei de tal forma interessante que o tinha de partilhar.



PS os administradores da massa falida



Por decisão judicial (leia-se eleições autárquicas) a parelha Luís Rothes/Mário Gouveia, foi designada para administrar a massa falida do Partido Socialista no rescaldo do pior resultado de sempre, obtido nas últimas eleições.

De facto para qualquer náufrago das galeras em busca do El Dorado, o que resta são alguns baús vazios a flutuar no oceano, onde se agarram desesperadamente, para ao sabor da corrente darem à costa.
As pobres mordomias conseguidas (senhas de presença, telemóveis e secretárias) não justificavam uma tamanha ambição pelo poder, que levou à destruição do PS, com profundas divisões internas e uma total falta de mobilização para a campanha eleitoral.
Sem projecto político, tudo começou mal: o nepotismo pessoal foi a linha que a dita parelha mais usou. Mas o mais espantoso é que, perante o descalabro eleitoral, há quem entenda que tudo deve continuar na mesma.
Que triste imagem dá o PS aos seus militantes e aos seus (escassos) votantes!


Acima de tudo interessa conservar o poder alicerçado naqueles que obtiveram a prenda de, tendo sido escolhidos, fazem agora parte de Assembleia Municipal e Vereação da Câmara (ao todo 14 membros da Comissão Política).
A JS Maia que viabilizou a estratégia (furada) da parelha Luís Rothes/Mário Gouveia foi, naturalmente, muito premiada na constituição destes órgãos. Pena é que ignore as eleições para a Associação de Estudantes do ISMAI, e das Escolas do Concelho, bem como deixa a JSD reinar nas chamadas Lojas da Juventude da Câmara da Maia, e em restantes organismos (por exemplo, os que defendem o ambiente) que estão a implantados no Concelho.
Realizam uns colóquios, dois ou três artigos no jornal e aí está o grupo ao assalto dos lugares.
Que futuro para o PS com esta gente a tentar salvar os cacos e os despojos do maior partido da oposição!
A Secção de Águas Santas está em desagregação eminente, a Sede Concelhia abandonada com condomínios, água e luz por pagar há meses reflecte bem o momento que atravessamos.
Que oposição pode o PS fazer? Com que pacto de transparência pode o PS emergir deste lodaçal?…
Os novos protagonistas (?) protagonizaram a catástrofe.
E agarram-se ao poder como lapas.
Porque não convocar eleições antecipadas?
É ou não necessário que o PS ressuscite?
Imagine-se que Mário Gouveia, tendo sido quatro anos Presidente da Junta, nas eleições teve menos votação em Milheirós para a Câmara Municipal que nas eleições de 2005!
Que credibilidade pode ter esta liderança? Como é que a maioria nos pode respeitar?
Que vamos defender nos órgãos Municipais?
Não temos projecto político, e estamos desacreditados perante a opinião pública.
A desfaçatez tem limites. Ao menos no CDS o líder demitiu-se. Foi digno e teve carácter.
Nós, um partido de esquerda, damos a triste imagem de nos batermos pelo poder, só e apenas pelo poder!
Os novos protagonistas (Luís Rothes já é repetente, foi 2º de Andrade Ferreira em 2005, tendo obtido agora pior resultado) atingiram o pior score de todos os tempos, ficando o PS apenas com duas Juntas de Freguesia.
Que oposição podemos construir a partir daqui?
É fundamental apresentar aos militantes e ao eleitorado uma outra imagem, uma outra liderança, uma outra esperança com outros protagonistas!
Refundar o PS Maia é urgente. Correr com os vendilhões do templo também!


Artigo retirado na integra da edição on-line do Jornal "Primeira Mão"





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