13 de abril de 2017

Querida mãe, (alegadamente) mudei o Hotel! Retrato de uma geração (que é a minha).

Crise de ValoresComo é hábito, nas férias de Páscoa são milhares de jovens que rumam a Espanha para a viagem de finalistas do ensino secundário. Ao longo dos anos fomo-nos habituando a ouvir na comunicação social relatos de acontecimentos inesperados nessas mesmas viagens.  Desde a jovem violada em 2007 à morte por queda da varanda em 2010 já tudo, ou quase tudo, havia acontecido.
                
Parece-me óbvio que, seja qual for o momento em que juntemos o cocktail explosivo de álcool, drogas, euforia, liberdade e alguns milhares de jovens, as coisas podem correr de forma inesperada.

              
Muito mais do que a simples questão de se afinal os jovens terão ou não destruído o hotel, de tal forma que o gerente do mesmo quase pediu às autoridades que declarassem estado de emergência (mas dois dias de pois reabriu como se nada tivesse acontecido), ou se foi abuso da posição de superioridade no negócio entre o gestor hoteleiro e os turistas, interessa-me saber afinal, que geração é esta.

           
 No desenrolar dos acontecimentos desta semana, percebi que, esta geração pode ser  o reflexo dos exemplos que vê. Prova clara e inequívoca disso é o momento em que uma mãe, que na teoria representava todos os pais, em busca de uns minutos de fama, resolve dizer i que se a intenção fosse mandar os filhos para um sítio calmo, os teria mandado para Fátima. 

             
 Ser educado não é sinónimo de ir à escola.

               
 Recordo os meus avós (daqueles que a vida me deu a felicidade de conhecer, e daqueles que, não o sendo, de facto, fizeram esse papel na perfeição). Não eram pessoas de elevada formação contudo eram, sem sombra de dúvida, pessoas educadas.  Foram eles, e os meus pais,  que me passaram valores como o respeito pelo próximo, a lealdade, a retidão nas posições, entre outros, sem nunca me terem mandado para Fátima.

           
 A educação de hoje está, avulsas vezes, agregada ao título académico que se ostenta.

              
Ir à escola não pode ser encarado como factor exclusivo de educação e formação. Há (e tem que haver) muito mais para além disso.

              
Insistentemente é repetido que a educação começa (ou deveria), sempre, e para além de tudo, em casa. Sou obrigado a concordar.
             
Contudo, questiono:

              
 Como pode essa educação ser começada (e avivada) em casa, quando as crianças e jovens passam tanto tempo na escola e, como se ainda não bastasse, trazem com elas uma quantidade absurda de trabalhos de casa?

             
Como pode essa educação ser começada (e avivada em casa), quando os pais trabalham tantas horas por semana (menos se forem funcionários públicos)?

                               
 Que exemplo devem os jovens seguir?

                
Num mundo virado do avesso, onde guerras começam por birra de dirigentes. Onde dirigentes políticos de países com interesse crucial enxovalham e ameaçam sem precedentes aqueles que, por alguma razão, são diferentes.

             
Num mundo onde um cartão vermelho num jogo de futebol dá direito a uma joelhada a  um árbitro. Onde uma qualquer rivalidade ataca à bomba um autocarro de um clube. Onde uma claque de futebol deseja que um certo avião levasse uma outra equipa.

          
Num mundo onde, por divergências religiosas, se autoproclamam estados. Onde inocentes são mortos por terroristas em ataques sem sentido.

            
Num país onde um primeiro-ministro fala com ar jocoso do momento em que um ministro de um governo anterior se baixa para falar com um outro ministro, que por infelicidade, é paraplégico. Onde governos são criados à revelia de resultados eleitorais. Onde antigos governantes vão presos por corrupção.

         
Numa sociedade onde, em horário nobre televisivo, são fechadas pessoas em casas para que observemos a vida delas. Numa sociedade em que essas mesmas pessoas, quando saem dessas mesmas casas, são personalidades muito importantes, com direito a serem pagas por estarem presentes em sítios.

Num país onde juventudes partidárias, demitindo-se do seu papel, ao invés de trabalharem no sentido de mudar o futuro, perdem o seu tempo a fazer piadas sobre circulação de trânsito.
 
Urge ver e rever com atenção os nossos conceitos de sociedade. A forma como nos organizamos e olhamos para valores como o trabalho e o dinheiro.  É crucial que aqueles que têm exposição pública e mediática (políticos incluídos),  têm no centro da sua ação atitudes dignas e de valor, que possam ser seguidas. Que liderem pelo exemplo, pelo bom exemplo.

               
Não pode uma sociedade viver maior crise, que a crise de valores.





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8 de março de 2016

Cavaco passou à história, e muito bem.


Já lá vão dez anos desde o momento em que, com pouco mais de 16 anos,  fruto da candidatura de Aníbal Cavaco Silva à Presidência da República, senti a necessidade de ativamente participar numa campanha eleitoral.

Dez anos volvidos, chega hoje ao fim o mandato presidencial de Cavaco Silva. Dez anos depois, muito exaustivo seria o balanço a fazer. Muitos foram os momentos em que concordei com as suas decisões, outros tantos os que discordei.

Hoje, por incrível que possa parecer, não encontro ninguém que alguma vez tenha votado em Cavaco Silva. Nos dias que correm é cada vez mais difícil encontrar alguém, que em qualquer momento da sua vida tenha sequer concordado, um pouco que seja, com Cavaco.

Eu votei, e mesmo antes de o poder fazer, por constrangimento da idade, tentei que a sua eleição fosse possível. E felizmente foi.


Cavaco Silva, o social-democrata, que liderou o partido durante dez anos (como mais ninguém o fez).

Cavaco Silva, o primeiro-ministro durante dez anos, como mais ninguém. Detentor da primeira maioria absoluta de um partido só.

Cavaco Silva, o Presidente eleito por duas vezes à primeira volta.

Cavaco Silva, o recordista nacional das maiorias absolutas.

 Independentemente de qualquer opinião, quer se goste ou não de Aníbal Cavaco Silva, quer se concorde ou não com as suas decisões, quer tenhamos ou não votado nele, é indiscutível que o seu nome ficará gravado nas páginas da história de Portugal.

29 de dezembro de 2015

Dizer que o piropo é agora crime, é confundir a obra-prima do Mestre, com a prima do Mestre de Obra.

Nos últimos dias têm sido veiculados através da Comunicação Social, de alguma pelo menos, que daqui em diante, o piropo seria crime, punível com até três anos de prisão, por consequência da alteração do Código Penal.

Esta manobra fácil de tentar vender notícias em vez de verdadeiramente informar, é mais um exemplo claro do estado da nossa Comunicação Social.

Do tradicional "com o que é preciso não se preocupam eles" ou "se roubarem milhões nada acontece, mas mandar um piropo já é grave", muitas têm sido as barbaridades que tenho lido sobre esta "notícia".

 No mínimo aconselho a leitura do agora famoso artigo 170 do Código Penal e, todos irão perceber, que não se trata de uma penalização do piropo por si só.

Perturbar alguém com propostas de teor sexual, é sim, penalizado com pena de prisão, sendo a mesma agravada se tal ato for praticado com menor, à luz do mesmo código.

Só num país demasiado pequenino, ou com mentes demasiado pequenas, é que esta alteração legislativa causa tamanha indignação. Só em Portugal, é que ouvimos falar do piropo, como pormenor cultural, sendo por alguns, matéria a indicar como "Património Imaterial da Humanidade" .

 Felizmente, foi também neste nosso cantinho à beira mar plantado, que alguém, de boa-fé, resolveu legislar para que, centenas de pessoas possam ter protecção legal, quando do alto de um prédio, da cabine de um camião, ou do outro lado da rua, alguém os importunar com comentários menos felizes.

Contudo, é neste mesmo código, que encontramos a corrupção, a participação económica em negócio etc. etc. e etc.

A Lei não basta existir, tem, acima de tudo que ser cumprida e ser feita cumprir.

18 de dezembro de 2015

Intervenção 17/12/2015 - Assembleia de Freguesia de Milheirós


Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia;
Srs. Secretários da Mesa da Assembleia;
Sr. Presidente da Junta de Freguesia;
Srs. Membros do Executivo;
Sras. e Srs. Membros da Assembleia de Freguesia;

Em sessões passadas desta nossa Assembleia, tenho procurado sempre intervir no Período de Antes da Ordem do Dia. Tenho-o feito por diversas razões, sendo a primeira, e para mim mais importante, o sentimento de dever a cumprir para com os milheiroenses. Sejam muitos, ou poucos, seja a sessão a uma terça ou a uma sexta-feira, sejam eles partidários ou apartidários, aqueles quem fazem o favor de dispor de um pouco do seu tempo para assistir às nossas sessões, merecem que, de nossa parte, exista o compromisso de, para além da defesa dos seus interesses, dizermos aquilo que pensamos, sobre os mais variados temas da atualidade. O Período de Antes da Ordem do Dia serve, para que qualquer um dos membros da Assembleia de Freguesia de Milheirós, diga aquilo que pensa, sobre os assunstos que julguem pertinentes, sejam eles da esfera da freguesia, do concelho, do distrito, do país, da Europa, do mundo. Posto isto, como sabem também, tenho trazido à discução neste período, momentos da política nacional, facto que tem, por algumas vezes, motivo de alguma crítica por parte de quem, por desconhecimento ou distração, ou por mero exercício de retórica, prefere que assuntos como a política nacional, ou as eleições legislativas, não sejam assunto deste período, conforme retrata sucintamente a ata da passada sessão a quando da intervenção da Dra. Susana Pinheiro.
Enquanto membro deste órgão, usarei sempre que entenda, o Período de Antes da Ordem do Dia para, no exercício das minhas funções, trazer ao debate as temáticas que julgue pertinentes, independentemente de toda e qualquer crítica.
Posto isto, e após este ponto prévio, passo ao assunto principal que aqui me tráz, hoje, sobre algo que nos diz respeito enquanto milheiroenses.           


Sr. Presidente, 
Sras. e Srs. Membros da Assembleia,
Como sabem V.Exas., na passada semana, vários órgãos de comunicação social nacionais, trouxeram a público, conforme é já um hábito, os denominados “Rankigs” das escolas portuguesas.
No ranking do Ensino Básico, elaborado pela para o Jornal “Diário de Notícias”, aquele que aqui quero explorar com V. Exas., e para que seja mais fácil compreender, são contabilizados os 8 exames com mais alunos inscritos: três do 12º ano (Português, Matemática A e História A). E cinco do 11º ano. (Biologia e Geologia, Física e Química A, Geografia A, Filosofia e Matemática Aplicada às Ciências Sociais). São apenas contabilizados os exames feitos na 1ª fase por alunos que frequentaram a escola todo o ano.
Desta feita, poderemos observar que, o Colégio Novo da Maia, sediado na nossa freguesia, no que toca ao primeiro ciclo, se encontra classificado em 38º no Ranking, de entre as mais de 4000 escolas. Se analisarmos os resultados das provas de 6º ano, poderemos constatar que, o Colégio Novo da Maia, se qualifica no 15º lugar, de entre as mais de 1000 escolas analisadas.  Se analisarmos ainda o rankig do jornal “Diário de Notícias”, onde os resultados nas outras categorias são idênticos, poderemos ainda encontrar este colégio, em 16º lugar, nas escolas de Ensino Secundário.
Quanto ao ensino público, e procurando os dados da Escola Básica do Monte das Cruzes, podemos constatar que a mesma se encontra classificada nos primeiros 1000 lugares (posição 957) do ranking nacional, de entre as 4173 escolas.
Estes resultados devem, enquanto milheiroenses, deixar-nos a todos orgulhosos.
Independentemente das escolas por mim descritas serem públicas ou privadas, estes resultados espelham um pouco aquilo que é a realidade das escolas de todo o nosso concelho foram que, em termos gerais, foram alcançando resultados satisfatórios nestes rankings.
Este facto traduz, sem margem para qualquer dúvida, aquela que tem sido aposta do nosso concelho e da nossa freguesia nas crianças e na educação.
São estes pormenores para que as pessoas olham quando querem decidir mudar a sua vida e o local para onde vão viver e, educar e criar os seus filhos.

A Maia, e Milheirós, são, também na educação, locais onde, são cada vez mais os motivos para viver.
Dizia Albert Einstei que a “distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persiste”.
Nós, enquanto autarcas, devemos teimosamente persistir em que o futuro das nossas terras seja cada vez mais profíquo e, com estes dados de um setor chave como é a educação, podemos acreditar que será.
Muito Obrigado,



Rubrica.jpg
(Pedro Miguel Sousa Carvalho)
(Vogal)

10 de dezembro de 2015

Graffiti - A arte ou o crime?


Há anos, pelos ruas das nossas cidades, somos tristemente presenteados, e que me desculpe a comunidade graffiter, por verdadeiros atentados contra o nosso património. São inúmeras as paredes, muros, monumentos, caixas de telecomunicações, mobiliário urbano, por esse país fora, riscadas, avulsas vezes com sarrabiscos de sublime mau gosto, por este nosso país fora.

Nos últimos dias o graffiti, e a forma como o mesmo é feito, está na boca do mundo pelos piores motivos. Três jovens, perderam lamentavelmente a vida, no apeadeiro da Palmilheira em Águas Santas, enquanto "grafitavam" um comboio da CP que ali estava momentaneamente parado. Ao que parece, os jovens foram colhidos pelo comboio, quando (alegadamente) fugiam do revisor que, no exercício da sua profissão, tentava zelar, da forma que lhe pareceu  mais conveniente, pela integridade de um bem, que, àquele momento, estava sob sua guarda.

Nunca, nos (poucos) anos de vida que tenho, me lembro de ter ouvido falar desta forma de arte, pelos melhores motivos, e hoje não é excepção.

O graffiti é, sem sombra de dúvida, uma arte. Os graffiters são, claro está artistas. Contudo, que me desculpe toda a comunidade apaixonada por esta forma de arte, pintar um comboio, cuja propriedade até nos pertence a todos, é, tão simplesmente crime, fazendo assim que aqueles que praticaram tal acto sejam criminosos.

O mesmo acontece quanto o fazem às nossas paredes e aos nossos monumentos. Escrever umas letras na escadaria da Câmara Municipal, fazer uns riscos no Gonçalo Mendes da Maia, não é arte, é crime e quem o faz é, pois claro está, criminoso. Pintar o muro do quintal da vizinha, com um desenho, por mais bonito que seja, não é arte, é crime, sendo o seu pintor, um criminoso.


Anualmente os agentes políticos e as empresas (como é o caso da CP), gastam centenas de milhares de euros a limpar estes vestígios de alegada arte. O graffiti, enquanto ato de vandalismo deverá ser, rapidamente, criminalizado.

À arte o que é arte, à justiça o que é crime.

4 de outubro de 2014

"Dia do Empresário" - O Balanço


Há uma semana atrás, era a azafama total. Decorria, na Junta de Freguesia de Milheiós, o" Dia do Empresário de Milheirós - Maia"

Esta actividade, que tinha como primordial objectivo juntar os empresários da freguesia num mesmo espaço, de forma a se poderem conhecer, trocar impressões e aprender um pouco mais com um painel de oradores de excelência,. Tive a honra de em nome da Coligação "Sempre pela Maia", apresentar a ideia e o requerimento de criação da "Comissão Organizadora do Dia do Empresário" em sessão de Assembleia de Freguesia. Essa comissão, segundo o requerimento que apresentei, seria composta por 3 elementos da coligação "Sempre pela Maia", 2 elementos do Partido Socialista e 2 elementos do executivo da Junta de Freguesia (seguindo aquilo que foi a minha interpretação do Regimento). O Partido Socialista teve vontade de ir mais longe e sugeriu então, que a comissão fosse composta por 3 elementos da coligação "Sempre pela Maia", 3 do PS e 3 do executivo.

Posto isto, o "Dia do Empresário" passou, e foi um tremendo sucesso.

Coube-me também a imensa honra, de em sessão de Assembleia de Freguesia, fazer o balanço da actividade.

Enquanto estava no púlpito lembrei-me que, naquele mesmo auditório, a JSD Maia tinha organizado as I Jornadas José Vieira de Carvalho. Nessas Jornadas de Formação Política, estava publicado um pequeno excerto de um entrevista do Professor J.V.C. a propósito dos seus 65 anos de idade. Dizia o Professor sempre tinha dado à Maia tudo o que tinha para dar, tinha vivido para servir a sua Terra, as suas Gentes que não sabia ser de outra maneira. Dizia ainda que tinha aprendido com os seus 65 anos que "longos dias têm 100 anos" e que "O tempo é uma coisa que passa lentamente e vai esclarecendo as posturas de cada um." Concluía dizendo " Sei essencialmente trabalhar. Preocupo-me pouco com o resto".

Estas frases reflectem curiosamente aquilo que foi o trabalho da Comissão Organizadora. Viveu para servir a sua Terra (Milheirós), as suas gentes (os empresários e as empresas milheiroenses), soube essencialmente trabalhar e não se preocupou muito com o resto.

Infelizmente, neste árduo trabalho, no que toca à colaboração do Partido Socialista, "nem tudo são rosas".
Das 12 reuniões efectuadas, dos três membros do PS indicados para a Comissão, apenas um apareceu sempre. Dos outros dois o seguinte: Um apareceu a duas reuniões e meia e o outro a uma reunião.
Há pouco mais de um ano atrás, o povo milheiroense escolheu o seu Presidente de Junta e a sua Assembleia de Freguesia. Como diria Seguro "O povo escolheu, está escolhido. Ponto final".

Estou cada vez mais certo de que integrei a equipa certa, com os valores certos. Estou cada vez mais certo também, que foi a grande escola que é a Juventude Social Democrata que me fez olhares com outros olhos para o serviço da causa pública.

Serei sempre pela JSD, Sempre pelo PSD, Sempre por Milheirós e Sempre pela Maia
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19 de maio de 2014

Frato de novo em destaque

Na Assembleia de Freguesia de Milheirós passada, em meu nome pessoal e em nome da bancada da coligação "Sempre pela Maia", felicitei esta empresa, que por cá está sediada, e sobre proposta foi aprovado, por unanimidade, um voto de congratulação, que penso já ter chegado ao CEO da Frato Interiors
Depois desta entrevista, estou ainda mais certo, que o destaque dado a esta empresa foi de todo merecido.


Fica a entrevista, bem como a minha Intervenção na Assembleia de Freguesia de Milheirós




Querida mãe, (alegadamente) mudei o Hotel! Retrato de uma geração (que é a minha).

Como é hábito, nas férias de Páscoa são milhares de jovens que rumam a Espanha para a viagem de finalistas do ensino secundário. Ao longo do...