Para aqueles que como eu se vão mantendo atentos e se preocupam em estudar a política, essencialmente a nacional, conhecem o percurso dos candidatos que vão a votos no próximo dia 23 de Janeiro. Todos nós nos lembraremos, ou teremos conhecimento, do passado de Cavaco Silva, da sua obra (e das suas equipas) em prol do desenvolvimento das infra-estruturas nacionais, da sua luta pela democratização da Cultura, das suas políticas conduzidas pela máxima "sair da cauda da Europa".
Foi Cavaco Silva, com a sua visão estratégica, que Portugal adoptou o fuso horário da Europa Central, usado pela maioria dos restantes países da União Europeia, adopção essa que viria a facilitar as comunicações e transportes internacionais, foi Cavaco que não aprovou o habitual despacho que determinava a tolerância de ponto no dia Carnaval, todas estas medidas (mesmo que falhadas) simbolizaram uma coragem para a ruptura com hábitos instalados.
Enquanto PR, Cavaco Silva sempre se mostrou um homem forte, um homem atento aos problemas reais do país, um homem que transmitia confiança mesmo aos tão afamados mercados internacionais. Cavaco sempre foi um presidente próximo dos portugueses, Cavaco foi o primeiro presidente com uma agenda dedicada realmente aos jovens.
Ao longo destes 5 anos muitas vezes discordei com as decisões do Presidente da República, com algumas leis que promulgou em vez de as devolver ao Parlamento, com alguma distância que por vezes foi tendo quanto aos ataques que lhe eram feitos.
